quarta-feira, 29 de junho de 2011

Papa concede pálio a 45 arcebispos, 17 são ibero-americanos



arcebispos brasileiros que receberam o pálio papal

Cidade do Vaticano, 29 jun 2011 - O papa Bento XV concedeu nesta quarta-feira a 45 arcebispos, entre eles 17 ibero-americanos, o pálio, símbolo de comunhão com o bispo de Roma, em cerimônia realizada no Vaticano.
pálio

Os ibero-americanos são quatro colombianos, sete brasileiros, dois chilenos, um argentino, um equatoriano, um guatemalteco e um espanhol.

Os brasileiros são Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília (DF); Dom Dimas Lara Barbosa, de Campo Grande (MS); Dom Pedro Guimarães, de Palmas (TO); Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, de Salvador (BA); Dom Jacinto Bergmann, de Pelotas (RS); Dom Hélio Adelar Rubert, de Santa Maria (RS), e Dom Pedro Ercilio Simon, de Passo Fundo (RS).

O pálio é uma faixa de lã branca, de entre quatro e seis centímetros de largura, com seis cruzes de seda negra bordadas longitudinalmente.

São confeccionados com a lã de dois cordeiros brancos que tradicionalmente eram benzidos na basílica romana de Santa Inês em 21 de janeiro de cada ano, data da festividade da santa.

Em princípio, o pálio era um sinal litúrgico exclusivo dos papas, mas em seguida estes passaram a concedê-lo aos bispos que tinham recebido de Roma uma especial jurisdição.

Após a imposição do pálio, no ángelus, o papa cumprimentou em espanhol as centenas de fiéis latino-americanos, entre eles, da Argentina, Chile, Colômbia, Equador e Guatemala, aos quais convidou a rezar "para que, estimulados por seu exemplo e auxiliados por sua intercessão, a Igreja permaneça no mundo como sinal de santidade e instrumento de reconciliação".

Depois, falando em português, dirigiu palavras de afeto aos arcebispos brasileiros e angolanos.



Estudo mostra que a canela ajuda a combater Alzheimer

Daniela Kresch, especial para O Globo (saude@oglobo.com.br)
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TEL AVIV – O professor israelense Michael Ovadia transformou um trauma infantil em pesquisa de sucesso. O pivô da reviravolta é a canela, aparentemente mais do que um tempero. Segundo Ovadia, a erva aromática pode ajudar a combater uma das doenças mais misteriosas da atualidade, o Mal de Alzheimer, que afeta 18 milhões de pessoas no mundo. Há mais de 50 anos, Ovadia quase foi desclassificado num concurso de conhecimentos de Bíblia ao esquecer a resposta a uma pergunta: que ingredientes formavam o óleo sagrado usado pelos sacerdotes do Templo Sagrado de Salomão? Na última hora, se lembrou da lista, cujo ingrediente mais conhecido é a canela. Acabou tirando um respeitado segundo lugar, mas o episódio nunca saiu de sua cabeça.
Anos depois, já um renomado pesquisador do departamento de Zoologia da Faculdade de Ciências da Vida da Universidade de Tel Aviv, Ovadia decidiu pesquisar porque os israelenses antigos usavam esse óleo para limpar os artefatos sagrados do Templo e proteger seus sacerdotes de doenças causadas pelo contato com sangue devido ao sacrifício de animais. Aos poucos, foi descobrindo que a canela é capaz de neutralizar vários tipos de vírus e infecções. Mas qual não foi sua surpresa ao ousar pesquisar a eficiência da erva na inibição dos chamados oligômeros: conglomerados de proteína beta-amiloide, abundante no cérebro dos doentes de Alzheimer e acusados de causarem perda de memória em mais de 50% dos idosos com mais de 85 anos.
Ovadia liderou e um grupo de pesquisadores formado pelos professores Ehud Gazit, Daniel Segal, Dan Frankel, Anat Frydman Maor e Aviad Levin, conseguiu extrair uma substância líquida da canela que é capaz de inibir o acúmulo progressivo de agregados neurotóxicos do peptídeo beta-amiloide (A-beta) no cérebro dos indivíduos afetados. E mais do que isso: o grupo descobriu que o extrato de canela também é capaz de dissolver as chamadas fibrilas de beta-amiloides, cujo acúmulo no cérebro mata neurônios em pacientes com Alzheimer.
O estudo foi publicado na revista científica PloS ONE em janeiro e causou tanto impacto que a Universidade de Tel Aviv, que entrou com pedido de patente do extrato de canela, já deu permissão para que uma empresa privada desenvolva e distribua remédios à base de canela.
A canela, obtida da parte interna do tronco da caneleira, uma árvore nativa do Sri Lanka, já foi uma das especiarias mais valiosas do mundo. Na Idade Média, seu valor chegou a superar 15 vezes o do ouro. O motivo era seu uso não só como tempero saboroso e aroma inconfundível para fins espirituais, mas também por seus poderes medicinais. Seus compostos (acetato de cinamilo, álcool de cinamilo e cinnamaldehyde) se unem à sua composição mineral (fibra, ferro, cálcio e magnésio) para curar males.
Além dos israelenses, outras culturas milenares apontam a canela como um santo remédio. Citações do uso da erva são datadas de 4000 AC. Os egípcios a usavam para conservar a comida e como analgésico. Os chineses, contra diarreia, gripes, resfriados, indigestão e repelente de mosquistos. Na Índia, os poderes antibactericidas, antioxidantes, anti-inflamatórios e antifúngicos da erva a transformaram num dos principais compostos mediciais. Mas, até hoje, há pouca prova científica de tudo isso.
— Um dos poucos estudos concretos quanto ao poder da canela é o que provou que ela inibe o helicobater pylori, a bactéria que causa a úlcera duodenal — conta Michael Ovadia. — Mas muitas civilizações usavam ervas, plantas e outros produtos naturais contra males. O que eles usavam instintivamente, nós começamos a provar cientificamente.
Hoje, estudos apontam para os possíveis benefícios do tempero no combate a pressão alta, diabetes, herpes, acne, reumatismo, perda de memória, infecções urinárias e até mesmo alguns tipos de câncer. Funcionaria também como um anticoagulante natural indicado para mulheres grávidas e até mesmo como afrodisíaco.

sábado, 25 de junho de 2011

Guardar mágoas traz prejuízos à saúde de nosso corpo

Perdoar evita o estresse e economiza nossas energias

Por Especialistas

Quando alguém nos desaponta, nos fere, quando perdemos algo importante ou sofremos alguma injustiça, a raiva e a indignação são sentimentos normais, mas o problema é quando esses sentimentos se transformam em mágoa e amargura. No livro "O poder do perdão", o psiquiatra americano Fred Luskin, apresenta a sua experiência e estudos sobre esse tema. Ele demonstra que o processo de perdoar pode ser treinado e desenvolvido. Ele utiliza a metáfora de um aeroporto, que está com o tráfego aéreo congestionado, para explicar como fica a mente de uma pessoa, sobrecarregada pelas mágoas. Cada avião que está no ar é comparado a uma mágoa, que enquanto não pousa, fica exigindo energia e exaurindo os seus recursos. 
Quando guardamos uma mágoa e pensamos na dor que sofremos, o cérebro reage como se estivéssemos em perigo naquele momento. Ele produz substâncias químicas ligadas ao estresse, que limitam as nossas ações. A parte pensante do cérebro fica limitada, é quando agimos sem pensar para nos livrarmos da sensação de perigo. 

Portanto, a mágoa consome muita energia, pois cada vez que contamos o que aconteceu, os mesmos sentimentos são desencadeados. O cérebro não sabe distinguir se aquela traição ou agressão aconteceu agora ou há três anos.
 

Assim como escolhemos o canal de TV que queremos assistir, também podemos aprender a escolher qual o "canal" que estará passando na nossa mente. Podemos escolher pensar no quanto fomos vítimas, o quanto fomos machucados, e com isso perpetuar o nosso sofrimento ou podemos escolher pensar no quanto fomos fortes para sobreviver ao que aconteceu e mudar o nosso foco. Não significa que devamos passar por cima da tristeza, da dor e da raiva que sentimos, mas precisamos aprender que existe um tempo para esses sentimentos.  
Uma forma de mudarmos o "canal" da nossa mente é pensar em como podemos mudar a história da nossa dor. Qual a história que contamos para nós mesmos sobre o que nos aconteceu? 

Relembrar o fato, falar disso inúmeras vezes, ficar no lugar de "vítimas" dentro da história que contamos, nos dá a sensação de que o sofrimento que passamos não será esquecido e que se e abandonarmos esse lugar, quem nos fez sofrer ficará liberado de pagar pelo que fez. Mas, conservar a
 mágoa, nos mantém ligados de forma ineficaz à pessoa que nos fez sofrer. 

O outro provavelmente não está sofrendo, nem mais e nem menos, só porque mantemos a mágoa dentro de nós. 
Cada vez que contamos a história da nossa dor, ressaltando o quanto fomos vitimas daquela pessoa e enfatizando o quanto ela foi cruel conosco, continuamos dando poder a ela. Ficamos presos num papel que não deveria ser mais o nosso. Precisamos ultrapassar esse momento, precisamos nos curar. 

Que tal parar um pouco e reformular a história da nossa dor? Sem forçar acontecimentos ou inocentar ninguém, mas colocando um foco nas nossas atitudes, no que fizemos e podemos fazer de construtivo diante do que aconteceu.  

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Corpus Christi - Nosso Deus é comida e bebida para todos

Houve uma grande seca naquele país e as sementes foram incapazes de brotar. A fome chegou de uma vez invadindo as casas, principalmente dos mais pobres. Aos poucos os poços também foram secando e a sede fazia sofrer mais ainda o povo. Naquela calamidade as crianças e os idosos eram os mais prejudicados. Os sacerdotes consultaram os oráculos e concluíram que seu deus ardia de raiva deles e por isto mandara aquela seca enorme. 


Depressa organizaram mil sacrifícios de animais, no intuito de aplacar a ira da divindade. Bem distante dali outro povo sofria com enchentes terríveis. Não parava de chover e tudo estava inundado. As plantações morreram e veio grande fome. A água suja provocava doenças e essas agravavam ainda mais o estado daqueles debilitados, de novo os velhos e as crianças. Os religiosos logo se reuniram e constataram que a enchente tinha sido enviada pelo deus deles que, da mesma maneira, estava com muita raiva do que tinham feito ou deixado de fazer, não sabiam ao certo. Por causa disto é que os punia. Juntaram todo o povo para propiciar ao deus raivoso um número imenso de sacrifícios. Dentre esses obrigaram os pais de família a lançarem na fogueira expiatória o restinho das sementes que ainda guardavam para comer e o plantio logo que chegasse o tempo bom.


Esses povos sentiam que precisavam conquistar seus deuses com oferendas, para que os amasse, não os punindo e nem os abandonando à própria sorte. Fosse só isso, mas sabemos que em várias civilizações os sacrifícios não se restringiam aos animais, vegetais e nem aos flagelos físicos. Os deuses deles eram mais implacáveis e exigiam sangue humano. Vem Jesus a nos mostrar exatamente o contrário. Deus não precisa ser conquistado. Ao contrário, é Ele que, constantemente, quer nos conquistar. Cativa-nos fazendo-se comida e bebida disponível para todo aquele que quiser se aproximar dele.


Nosso Deus é Amor e o Amor só pode desejar a felicidade do amado. Por isto Ele se dá, livre e totalmente, a nós seus filhos queridos. Faz isto, através do Filho, da forma mais simples e humana possível: como alimento. Quem é que não vai entender o sentido da comida? Eucaristia é Deus se dando como alimentação para o sustento na fé, esperança e caridade de todos nós. Até uma criança entende que sem comida e sem bebida não é possível que se mantenha vivo.


Infelizmente ainda há muita gente que tem uma visão muito intimista da comunhão. Compreendem-na e tomam-na somente numa dimensão vertical: ela e Deus. Esquecem-se de que a Eucaristia se faz em comunidade. A Eucaristia faz a comunidade da Igreja e a comunidade da Igreja faz a Eucaristia, no dizer tão simples e ao mesmo tempo tão profundo do Concílio Vaticano II. Não existe Igreja solitária. Ela, em outro dizer do Concílio, é “povo de Deus” reunido e então podemos afirmar que comer do corpo e do sangue do Cristo sem estar unido aos irmãos, na ilusão de que se está ligado a Deus, é tomá-lo em vão.


Eucaristia não é devoção. É muito mais do que isto. Por isto, não basta comungar como preceito ou mandamento. Isto é muito pouco para o cristão do Século XXI. Algo bastante pobre para quem está comprometido com o seguimento. Comungar assim dá a impressão de que se toma algo pesado e que se está cumprindo uma obrigação. Nada mais equivocado, pois o Corpo de Cristo é leve e sempre traz a alegria e a paz (mesmo em meio aos sofrimentos e tribulações).


Eucaristia também não pode ser confundida com mágica e que num piscar de olhos será capaz de transformar a realidade. Ela não protege contra ladrões, mal olhados e nem gera empregos, ou traz namorada. O que ela oferece é a força e a coragem necessária para o trabalho e a luta na criação de um mundo mais solidário, pacífico e humano, onde não mais seja preciso se proteger dos outros.


Viver a Eucaristia é viver em comunidade cuidando para que não haja ninguém descuidado ou mesmo abandonado em volta. É adquirir ânimo para a missão de fazer com que as estruturas do pecado possam ir se desintegrando e em seu lugar haja espaço e condições para que nasçam e se desenvolvam as estruturas do Reino: de serviço e bondade.


Acostumados com a Eucaristia acabamos por não nos dar conta do quão grande e poderosa ela é. 


Fôssemos mais conscientes da transformação que a comunhão é capaz de nos fazer, teríamos condições de criar um mundo bem mais humano, com muito mais justiça e paz. No auge de uma discussão com um ateu um padre ouviu dele algo que o faz refletir a vários anos: “Caso os cristãos acreditassem realmente que o Deus de vocês está nesse sacrário, já teriam deixado, há muito tempo, o mundo à feição do que Ele lhes delegou”.

Autor: Fernando Cyrino

terça-feira, 21 de junho de 2011

O amor entre Clara e Francisco de Assis

Francisco (+1226) e Clara (+1253), ambos de Assis, são figuras das mais queridas da cristandade, das quais nos podemos realmente orgulhar. Os dois uniam três grandes paixões: pelo Cristo pobre e crucificado, pelos pobres, especialmente os hansenianos e um pelo outro.  O amor por Cristo e pelos pobres não diminuía em nada o amor profundo que os unia, mostrando que entre pessoas que se consagram a Deus e ao serviço dos outros pode existir  verdadeiro amor e relações de grande ternura. Há entre Francisco e Clara algo misterioso que conjuga Eros e Ágape, fascinação e transfiguração. Os relatos conservados da época falam dos encontros freqüentes entre eles. No entanto, “regulavam tais encontros de modo tal que aquela divina atração mútua pudesse passar despercebida aos olhos dos homens, evitando boatos públicos”.


Logicamente, numa pequeníssima cidade como Assis,  todos sabiam tudo de todos. Assim também do amor entre Clara e Francisco. Uma legenda antiga refere-se a este diz-que-diz-que com terníssima candura: ”Certa feita, Francisco havia ouvido alusões inconvenientes. Foi a Clara e disse-lhe: Compreendeste irmã, o que o povo diz de nós? Clara não respondeu. Sentiu que seu coração começava a parar e que, se dissesse uma palavra mais, iria chorar. É tempo de separar-nos, disse Francisco. Então, tu vais à frente e, antes de vir a noite, terás chegado ao convento. Eu irei sozinho e te acompanharei e longe, conforme o Senhor me conduzir. Clara ajoelhou-se no meio do caminho. Pouco depois, recuperou-se, levantou-se e continuou a caminhar, sem olhar para trás. O caminho passava por um bosque. De repente, ela se sentiu sem forças, sem consolo e sem esperança, sem uma palavra de despedida antes de separar-se de Francisco. Aguardou um pouco.  Pai, disse, quando nos veremos de novo? 


Quando o verão voltar, quando as rosas florescerem, respondeu Francisco. E então, naquele momento, algo maravilhoso aconteceu. Parecia que por sobre os campos cobertos de neve, tivesse chegado o verão e irrompessem milhares e  milhares de flores. Depois de uma perplexidade inicial, Clara se apressou, colheu um ramalhete de rosas e o entregou nas mãos de Francisco”. E a legenda termina dizendo: ”Desde aquele momento em diante, Francisco e Clara nunca mais se separaram”.


Estamos diante da linguagem simbólica das lendas. Mas são elas que guardam o significado dos fatos primordiais do coração e do amor. “Francisco e Clara nunca mais se separaram”, quer dizer, souberam articular seu mútuo o amor com o amor a Cristo, aos pobres de tal forma que era um só grande amor. Efetivamente jamais saíram um do coração do outro. Uma testemunha da canonização de Clara diz com grazie que Francisco para ela “parecia-lhe ouro de tal forma claro e lúcido que ela se via também toda clara e lúcida como se fosse num espelho”. Dá para expressar melhor a fusão de amor entre duas pessoas de excepcional  grandeza de alma?


Em suas buscas e dúvidas ambos se consultavam e buscavam na oração um caminho. Um relato biográfico da época conta: “Certa feita, cansado, Francisco chega a uma fonte de águas cristalinas. Põe-se a olhar, por longos instantes, para estas águas claras. Depois, tornou a si e disse alegremente a seu amigo íntimo Frei Leão: Frei Leão, ovelhinha de Deus, que pensas que vi nas águas claras da fonte? A lua, que se espelha lá dentro, respondeu Frei Leão. Não, irmão, não via lua, mas sim, o rosto claro de nossa irmã Clara, cheio de santa alegria, de sorte que todas as minhas tristezas desapareceram”.


Agora em 2011 se celebram os 800 anos da fundação por Clara da Segunda Ordem, a das Clarissas. O relato histórico não poderia ser mais carregado de densidade amorosa. Francisco combinara com Clara que na noite do domingo de Ramos, belamente adornada,  fugisse de casa e viesse encontrá-lo na capelinha que havia construído a Porciúncula. Efetivamente ela fugiu. Chegou à igrejinha e lá estavam Francisco e seus companheiros com tochas acessas. Alegres a aplaudiram e a receberam com extremo carinho. Francisco cortou-lhe os belos cabelos louros. Era o símbolo de sua entrada no novo caminho religioso. Agora eram dois num só e mesmo caminho e até hoje “nunca mais se separaram”.


Autor: Leonardo Boff

quinta-feira, 16 de junho de 2011

PAI NOSSO


CRISTÃO: “Pai nosso que estais no céu…”

DEUS: Sim? Estou aqui…

CRISTÃO: Por favor, não me interrompa, estou orando!

DEUS: Mas você me chamou!

CRISTÃO: Chamei? Eu não chamei ninguém. Estou orando. “Pai nosso que estais no céu…”

DEUS: Aí! Você fez de novo.

CRISTÃO: Fiz o que?

DEUS: Chamou-me! Você disse: “Pai nosso que estais no céu.” Estou aqui. Como é que posso ajudá-lo?

CRISTÃO: Mas eu não quis dizer isso. É que estou orando. Oro o Pai Nosso todos os dias, me sinto bem orando assim. É como se fosse um dever. E não me sinto bem até cumpri-lo…

DEUS: Mas como podes dizer “Pai Nosso”, sem lembrar que todos são seus irmãos, como podes dizer “que estais no céu”, se você não sabe que o céu é a paz, que o céu é amor a todos?

CRISTÃO: É realmente ainda não havia pensado nisso.

DEUS: Mas prossiga sua oração.

CRISTÃO: “Santificado seja o Vosso nome…”

DEUS: Espera aí! O que você quer dizer com isso?

CRISTÃO: Quero dizer… quer dizer, é sei lá o que significa. Como é que vou saber? Faz parte da oração, só isso!

DEUS: Santificado significa digno de respeito, Santo, Sagrado.

CRISTÃO: Agora entendi. Mas nunca havia pensado no sentido dessa palavra… santificado. “Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu…”

DEUS: Está falando serio?

CRISTÃO: Claro! Por que não?

DEUS: E o que você faz para que isso aconteça?

CRISTÃO: O que faço? Nada! É que faz parte da oração, além disso, seria bom que o Senhor tivesse um controle e tudo o que acontecesse no céu e na terra também.

DEUS: Tenho controle sobre você?

CRISTÃO: Bem, eu freqüento a igreja!

DEUS: Não foi isso que eu perguntei! Que tal o jeito que você trata os seus irmãos, a maneira com que você gasta o seu dinheiro, o muito tempo que você dá a televisão, as propagandas que você corre atrás e o pouco tempo que você dedica a mim?

CRISTÃO: Por favor. Pare de criticar!

DEUS: Pensei que você estava pedindo para que fosse feita a minha vontade. Se isso for acontecer tem que ser com aqueles que oram, mas que aceitam a minha vontade, o frio, o sol, a chuva, a natureza, a comunidade.

CRISTÃO: Está certo, tem razão. Acho que nunca aceito a sua vontade, pois reclamo de tudo: se manda chuva, peço sol, se manda o sol reclamo do calor, se manda frio, continuo reclamando, se estou doente, peço saúde, mas não cuido dela, deixo de me alimentar ou como muito…

DEUS: Ótimo reconhecer tudo isso. Vamos trabalhar juntos, eu e você, mas olha, vamos ter vitorias e derrotas. Eu estou gostando dessa nova atitude sua.

CRISTÃO: Olha Senhor, preciso terminar agora. Esta oração esta demorando muito mais do que costuma ser. Vou continuar: “o pão nosso de cada dia nos dai hoje…”

DEUS: Pare ai! Você esta me pedindo pão material? Não só de pão vive o homem, mas também da minha palavra. Quando me pedir o pão, lembre-se daqueles que nem conhecem pão. Pode pedir-me o que quiser desde que me veja como um Pai amoroso! Eu estou interessado na próxima parte de sua oração. Continue!

CRISTÃO: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nos perdoamos a quem nos tem ofendido…”

DEUS: E o seu irmão desprezado?

CRISTÃO: Está vendo? Olhe Senhor, ele já me criticou varias vezes e não era verdade o que dizia. Agora não consigo perdoar. Preciso me vingar.

DEUS: Mas, e a sua oração? O que quer dizer sua oração? Você me chamou, e eu estou aqui, quero que saia daqui transfigurado, estou gostando de você ser honesto. Mas não é bom carregar o peso da ira dentro de você, não acha?

CRISTÃO: Acho que iria me sentir melhor se me vingasse!

DEUS: Não vai não! Vai se sentir pior. A vingança não é tão doce quanto parece. Pense na tristeza que me causaria, pense na sua tristeza agora. Eu posso mudar tudo para você. Basta você querer.

CRISTÃO: Pode? Mas como?

DEUS: Perdoe seu irmão, Eu perdoarei você e te aliviarei.

CRISTÃO: Mas Senhor, eu não posso perdoá-lo.

DEUS: Então não me peça perdão também!

CRISTÃO: Mais uma vez está certo! Mais do quero vingar-me, quero a paz com o Senhor. Está bem, está bem; eu perdôo a todos, mas ajude-me Senhor. Mostre-me o caminho certo para mim e meus inimigos.

DEUS: Isto que você pede é maravilhoso, estou muito feliz com você. E você, como esta se sentindo?

CRISTÃO: Bem, muito bem mesmo! Para falar a verdade, nunca havia me sentido assim! É tão bom falar com Deus.

DEUS: Ainda não terminamos a oração. Prossiga…

CRISTÃO: “E não deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal…”

DEUS: Ótimo, vou fazer justamente isso, mas não se ponha em situações onde possa ser tentado.

CRISTÃO: O que quer dizer com isso?

DEUS: Deixe de andar na companhia de pessoas que o levam a participar de coisas sujas, intrigas, fofocas. Abandone a maldade, o ódio. Isso tudo vai levá-lo para o caminho errado. Não use tudo isso como saída de emergência!

CRISTÃO: Não estou entendendo!

DEUS: Claro que entende! Você já fez isso comigo várias vezes. Entra no erro, depois corre a me pedir socorro.

CRISTÃO: Estou com muita vergonha, perdoe-me Senhor!

DEUS: Claro que perdôo! Sempre perdôo a quem esta disposto a perdoar também, mas não esqueça, quando me chamar, lembre-se de nossa conversa, medite cada palavra que fala! Termine sua oração.

CRISTÃO: Terminar? Ah, sim, “Amém!”

DEUS: O que quer dizer “Amém?

CRISTÃO: Não sei. É o final da oração.

DEUS: Você só deve dizer “Amém” quando aceita dizer tudo o que eu quero, quando concorda com minha vontade, quando segue os meus mandamentos, porque “amém” quer dizer “assim seja”, “concordo com tudo que orei”.

CRISTÃO: Senhor, obrigado por ensinar-me esta oração e agora obrigado por fazer-me entendê-la.

DEUS: Eu amo cada um dos meus filhos, amo mais ainda aqueles que querem sair do erro, aqueles que querem ser livres do pecado. Abençôo-te e fica com minha paz!

CRISTÃO: Obrigado Senhor! Estou muito feliz em saber que és meu amigo.
   

quinta-feira, 9 de junho de 2011

XXIII Capítulo Regional Ordinário Avaliativo

Bacabal (MA), 3 a 5 de junho de 2011


Aos três dias do mês de junho de dois mil e onze, às dezenove horas e trinta minutos, no Centro de Animação Franciscana Missionária (CEFRAM), na cidade Bacabal – Maranhão iniciou-se o Capítulo Regional Ordinário Avaliativo da Ordem Franciscana Secular do Brasil com a abertura realizada pela Ministra Regional, Zilmar de Sá Uchôa, dando as boas-vindas aos irmãos e irmãs. Logo após tivemos a celebração Eucarística presidida pelo Frei Francisco (OFM) e concelebrada pelos frades Joá (OFM) e João de Deus (OFM – Capuchinhos). Prosseguindo, tivemos a apresentação dos distritos: XI – Esperantinopolis, X – Porto Franco, IX – Imperatriz, VIII – Grajaú, VI – Presidente Dutra, V – Caxias, IV - Bacabal, III – Bom Jardim, II – Brejo, I – São Luís. Depois, apresentaram-se os Assistentes espirituais do Regional, Frei Joá e Frei João de Deus, Frei Francisco, do IV Distrito - Bacabal, Irmã Petra, do III Distrito – Arari. Continuamos com a apresentação de Degenilson Rocha Ribeiro, Secretário Fraterno Regional da Jufra do Maranhão. Das 63 Fraternidades do Regional Maranhão, estavam presentes 52, num total de 96 participantes.




Reunião do Conselho Regional
refeição

domingo, 5 de junho de 2011

VOCÊ FICARIA DE PÉ?

 Havia um professor de filosofia que era um ateu convicto. Sempre sua meta principal era tomar um semestre inteiro para provar que DEUS não existe. 
 

Os estudantes sempre tinham medo de argui-lo por causa da sua lógica impecável. 
Por 20 anos ensinou e mostrou que jamais haveria alguém que ousasse contrariá-lo, embora, às vezes surgisse alguém que o tentasse, nunca o venciam.
 

No final de todo semestre, no último dia, fazia a mesma pergunta à sua classe de 300 alunos:
 
 - Se há alguém aqui que ainda acredita em Jesus, que fique de pé!
 

Em 20 anos ninguém ousou levantar-se.
 
Sabiam o que o professor faria em seguida.
 
Diria: - Porque qualquer um que acredita em Deus é um tolo! Se Deus existe impediria que este giz caísse ao chão e se quebrasse.
Esta simples questão provaria que Ele existe, mas, não pode fazer isso! 


E todos os anos soltava o giz, que caia ao chão partindo-se em pedaços. 
E todos os estudantes apenas ficavam quietos, vendo a
DEMONSTRAÇÃO. 

A maioria dos alunos pensavam que Deus poderia não existir. Certamente, havia alguns cristãos, mas, todos tiveram muito medo de ficar de pé.
 

Bem... há alguns anos chegou a vez de um jovem cristão que tinha ouvido sobre a fama daquele professor. O jovem estava com medo, mas, por 3 meses daquele semestre orou todas as manhãs, pedindo que tivesse coragem de se levantar, não importando o que o professor dissesse ou o que a classe  pensasse. Nada do que dissessem abalaria sua fé... ao menos era seu desejo.
 

Finalmente o dia chegou. O professor disse:
 
- Se há alguém aqui que ainda acredita em Jesus, que fique de pé!
 
O professor e os 300 alunos viram atônitos, o rapaz levantar-se no fundo da sala.
 

O professor gritou:
 
- Você é um TOLO!!! Se Deus existe impedirá que este giz caia ao chão e se quebre!
 
E começou a erguer o braço, quando o giz escorregou entre seus dedos, deslizou pela camisa, por uma das pernas da calça, correu sobre o sapato e ao tocar no chão simplesmente rolou, sem se quebrar.
 

O queixo do professor caiu enquanto seu olhar, assustado, seguia o giz.
 
Quando o giz parou de rolar levantou a cabeça... encarou o jovem e... saiu apressadamente da sala.
 

O rapaz caminhou firmemente para a frente de seus colegas e, por meia hora, compartilhou sua fé em Jesus.
 
Os 300 estudantes ouviram, silenciosamente, sobre o amor de Deus por todos e sobre seu poder através de Jesus.
 

Muitas vezes passamos por situações em que acreditamos que "nosso giz" vai quebrar, mas Deus, com sua infinita sabedoria e poder faz o contrário.
 

EU ESTOU DE PÉ!!! Alguém me acompanha???